A informática é importante na escola?

Calendário acadêmico 2009/2

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CALENDÁRIO 2009/2
Atividade
Data
Início das atividades letivas do semestre 2009/2 -28/9/2009
Recesso - 19/12/2009 a 03/01/2010
Final do semestre letivo 2009/2 (incluindo exames) - 31/01/2010
Último dia para a publicação das notas no Moodle - 10/2/2010

Se os muros falassem...

07:34 Edit This 0 Comments »
Entre os muros da escola

Logo nas primeiras cenas fiquei em dúvida: se tratava de ficção ou era um documentário. Não só pelo assunto, mas senti que a história do filme parecia tanto com o que acontece nas escolas que fiquei com dúvida.
Os professores foram apresentados de forma clara e sempre dando a entender que eram profissionais experientes, sérios e que já conheciam o local de trabalho. Apenas dois professores eram novos na escola. Os alunos, por sua vez, estavam todos em sala de aula, e foram apresentados como indisciplinados e questionadores. Vejo colegas que se comportam da mesma forma que o professor de filme: raramente se preocupam com a forma em que os alunos estão aprendendo e como estão organizando as informações que estão sendo transmitidas em sala de aula.
O processo de ensino-aprendizagem deve ser baseado no respeito e na confiança. O professor precisa respeitar o aluno para que este sinta confiança e inicie seu processo de aprendizagem. Desta forma as trocas, que são extremamente necessárias para a construção do conhecimento, se intensificam e acontecem. No filme os alunos são avaliados de acordo com suas atitudes não com o que aprenderam. A situação é evidente e fica clara quando em uma reunião os professores discutem sobre como mexer nas notas e atribuir ou retirar pontos dos alunos.
É impossível construir conhecimento sem estar atrelado a uma significação. Se, por exemplo, algum daqueles alunos fosse estimulado a pesquisar sobre um assunto de seu interesse aconteceria uma aprendizagem mais significativa.
Com uma forma tradicional de avaliar e perceber os alunos e suas dificuldades, a escola reproduzia uma forma ortodoxa de tratar os problemas, não procurava soluções efetivas e utilizou a avaliação – que deveria ser utilizada para medir o aprendizado e não as atitudes – como uma salvação para melhorar as atitudes em sala de aula. Não acho adequado punir comportamento com notas. A avaliação deve medir o quanto o aluno aproveita dos conhecimentos que estão sendo transmitidos e a forma com que transforma estes conhecimentos de maneira a utilizá-los em seu dia a dia e não para condicionar as atitudes dentro da sala de aula. Para melhorar as atitudes dos alunos existem outras formas e atribuir ou retirar notas não é a adequada.
Além disso, percebi que os alunos recebiam rótulos e os bons ou maus alunos eram definidos pela forma com que se “comportavam” não por sua aprendizagem. Percebi que os alunos questionavam e tinham um comportamento ruim sempre que a aula ficava desinteressante, contudo quando a aula ficava interessante eles paravam e prestavam atenção no que estava acontecendo. Os alunos estavam sempre tentando chamar atenção do professor ora bagunçando e questionando o professor, ora tentando mostrar o que tinham de melhor. Com o texto do Diário de Anne Frank o professor tentou fazer com que cada um de seus alunos pudesse falar um pouco sobre si, sua vida e, desta forma, expor suas idéias. O professor estava tentando fazer com que os alunos se expressassem, entretanto em suas falas, quando pede que os alunos não falem sobre suas vidas pois ele não quer saber sobre isso deixa claro sua omissão perante a realidade em que a turma está inserida e, principalmente, frente as questões que poderiam ser abordadas para tornar as aulas mais interessantes e convidativas.
Este filme me deixou em estado de choque. Consegui observar o modelo de professor que não quero ser: omisso.
Poucas vezes pude perceber o pano de fundo da sala de aula. Parecia-me fria e com poucas produções feitas pelos alunos. Quando minha atenção foi focada para a produção dos alunos percebi que observavam as fotos e que o professor comentou que iria arrumá-las.

O sorriso mais lindo e enigmático...

07:32 Edit This 0 Comments »
O sorriso de Monalisa

Inspirador! Esta é a palavra que mais combina com o que o filme. Ao retratar uma classe aparentemente aplicada que era capaz de decorar nomes, datas e outros dados mas sem nenhuma sensibilidade para compreender a verdadeira essência da arte ante a uma professora empenhada em mudar a visão limitada das alunas dentro e fora da escola. .Mesmo sabendo todas as informações obre os artistas, as alunas não conheciam ate. Sendo assim a informação ajuda a conhecer a arte, mas não a entendê-la e tão pouco a apreciá-la. A informação não pressupõe conhecimento
O esforço que a professora teve perante as situações retratadas no filme, de uma sociedade pós guerra, onde uma aparente liberdade feminina era apresentada e defendida, foi incansável. A atitude da professora Watson, em proporcionar as alunas uma nova visão perante a arte, foi o diferencial. Além de mostrar obras de outras escolas, fez com que as alunas entendessem que uma obra de arte não precisa ser perfeita como uma fotografia, mas precisa ser apreciada. Para conhecer a obra é preciso apreciá-la, independente de gostar ou não, pois até para formular o conceito de gostar verdadeiramente ou não de algo, é preciso antes apreciar e entender.
A cada adversidade a professora tentava recomeçar por um caminho diferente e sempre procurando provocar uma nova visão frente ao pensamento ortodoxo das alunas.
Apreciação e gosto são coisas diferentes. Para apreciar é preciso analisar, ver os detalhes, compreender o momento. Já gostar é algo de empatia onde podemos fazer esta escolha com ou sem uma reflexão.
Para apreciar DaVinci é necessário, primeiro, conhecer o período em que a sua obra foi construída e as necessidades dos artistas daquela época. Também é preciso levar em conta que, na época, a obra de Leonardo foi considerada uma ruptura com o que era produzido. Além disso, é preciso apreciar o cuidado com as cores, a utilização do espaço, as linhas diagonais que demostram a perspectiva, por exemplo. Já, para apreciar Pollock os padrões envolvidos foram os de conhecer algo novo, diferente. Foi apreciada com preconceito, pois como vários riscos poderão ser considerados arte perante aos clássicos renascentistas?
É muito próximo do que acontecia. Muita gente ainda tem um olhar preconceituoso perante à obras que não retratam com fidelidade a realidade ou que não são considerados clássicos. Somente quem possui maturidade artística saberá apreciar bem uma obra de arte, seja ela qual for. Para apreciar tanto Pollock com Da Vinci da mesma forma é preciso possuir uma maturidade artística, ou seja, ser capaz de apreciar coisas além do que é representado na obra, sendo capaz de identificar aspectos como o uso das linhas, a utilização das cores, a expressividade da obra.E é construir este olhar ante a arte e a vida que Watson passa o tempo todo tentando fazer.
Comparando com a prática pedagógica e com o "modelo" de professor que estou construindo achei admirável a forma com que a professora Watson conduziu suas aulas, sempre procurando ir além do que era solicitado pela escola criando um ambiente de reflexão e possibilitando um olhar mais madura perante a arte. Junto com esse amadurecimento da visão artística foi proporcionado por Watson o amadurecimento frente à realidade: as alunas puderam perceber que, assim como eram livres para apreciar e gostar de uma ou outra obra de arte, também eram livres para escolher o rumo que suas vidas iriam tomar. Foi proporcionada a educação para a liberdade.

A arte também tem seus segredinhos...

18:53 Edit This 0 Comments »
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